Audiência alerta para prejuízos ao Seridó devido à má conservação da malha rodoviária estadual
- Aldemar Almeida
- 1 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
O deputado Adjuto Dias (MDB), propositor da Audiência Pública realizada na manhã desta sexta-feira (1º) pelo Centro de Estudos e Debates da Assembleia Legislativa, lamentou a falta de respostas pelos representantes do Governo do Estado convidados para o debate sobre a recuperação da Malha Rodoviária da região Seridó.
“Causa estranheza a resposta ao nosso convite de que os representantes não poderiam estar presentes, informando sua ausência com até menos de 24 horas da nossa audiência. Todos os que estão aqui hoje vêm em busca de respostas do governo do Estado em torno da malha viária. No meu ponto de vista e de qualquer cidadão comum é injustificável que o governo não tenha enviado representantes, pois se trata de um tema relevantíssimo para a nossa região, castigando a população há tempos”, lamentou o deputado Adjuto Dias.
O debate movimentou Caicó e a região reunindo lideranças políticas e comunitárias do Seridó, na Câmara Municipal, que queriam respostas porque o Seridó ficou de fora do primeiro edital para a recuperação das rodovias do Estado.
Representando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Rossine dos Santos, fez um balanço das estradas geridas pelo órgão federal. Citou que as estradas 226 e 427 estão com programas de recuperação. O DNIT tem atualmente cinco contratos em andamento. “Vamos manter rodovias no padrão de conforto para os usuários e temos programas de recuperação e também de sinalização viária”, explicou.
O prefeito de Ipueira, Galego Paiva, representou os gestores da região: “Lamento profundamente a ausência de resposta do governo, porque estamos aqui buscando alternativas o mais rápido possível. Esta audiência é uma oportunidade de debates e a ausência empobrece a discussão, porque não tivemos nenhum tipo de esclarecimento”, criticou.
Os vereadores Allyson Moisés, de Serra Negra do Norte; Max Pereira e Raimundo Inácio Filho, mais conhecido como Lobão, ambos de Caicó, também se pronunciaram. “Nosso Seridó infelizmente não está na lista das rodovias beneficiadas com as obras de tapa buraco. Evito transitar em vários trechos porque já estão insustentáveis e com graves acidentes”, observou Allyson.
Max Azevedo questionou os graves danos à malha rodoviária das cidades no entorno de Caicó. “A estrada de Jucurutu foi reformada, mas as demais encontram-se com buracos e desniveladas. Nossa malha rodoviária está muito danificada e estamos falando basicamente de estradas, que é um investimento elementar”, disse. O vereador exemplificou com o caso do município de Jardim de Piranhas: “Um alto potencial de produção que não tem como escoar”, disse.
Representando a sociedade civil organizada, Diego Vale, da agência Referência Comunicação, citou casos de pessoas que precisam se deslocar diariamente entre Caicó e Currais Novos, ou entre Caicó e outros municípios por motivo de emprego ou estudo. “Imagine a vida de um estudante que se desloca todas as noites. Tenho o relato de um amigo cuja mãe só vai dormir depois que ele chega em casa devido às grandes preocupações com a sua integridade”.
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