Desafio da Trilha do Pacífico: jipeira destaca protagonismo feminino no off-road

Ângela Lyra jipeira de João Pessoa-PB

O movimento Off Road tem ganhado cada vez mais o reforço feminino, essencial para o seu crescimento em todo o país. No Rio Grande do Norte, não poderia ser diferente. O estado foi um dos pioneiros no universo fora de estrada, com um clube fundado e devidamente registrado há 41 anos: o Jeep Clube-RN. Para as jipeiras, essa decisão de se engajar nesse esporte simboliza o empoderamento feminino no segmento off-road, sem perder a elegância nem o charme, seja pilotando um “4×4” em uma trilha ou numa pista de disputa indoor.

Dentro desse panorama, no XVII Desafio da Serra de João do Vale – Trilha do Pacífico, está prevista a participação da jipeira de João Pessoa (PB), Ângela Lyra, que acompanha o marido, Antônio Carlos, também piloto e trilheiro, conhecido no universo jipeiro como Tony Cabaré.

O evento será realizado em Jucurutu-RN, nos próximos dias 9 e 10 de maio. Dessa vez, Ângela Lyra participará como pilota, no comando da direção, podendo se tornar a segunda mulher a subir a Serra pela trilha mais difícil, a do Pacífico. Ela está disposta a repetir o feito de Suriquete, a única jipeira até agora a pilotar um 4×4 naquela trilha.

“No universo do off-road, as mulheres que assumem a direção se destacam com coragem e paixão, enfrentando trilhas desafiadoras, abrindo caminhos com as nossas habilidades. Não temos medo de acelerar e enfrentar os trechos desconhecidos. Temos que mostrar as nossas habilidades e continuar mostrando que não há limites para as nossas conquistas fora de estrada”, declara Ângela.

Em 2002, ela já tinha essa intenção, mas, devido às fortes chuvas que caíram nos dias anteriores ao evento, foi convencida pelo marido a adiar o desafio para outra oportunidade. O Desafio é realizado na Serra de João do Vale, que abrange três municípios do Rio Grande do Norte — Jucurutu, Triunfo Potiguar e Campo Grande , além de Belém de Brejo do Cruz, na Paraíba. O percurso inclui uma trilha mais suave, acessível por uma estrada comum, a subida do Jacu, acessível a qualquer veículo, até “caminhões de feira”, proporcionando um belo visual da biodiversidade da Serra.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte