Dia do Município: Angicos, na região Central do Estado, é o aniversariante de hoje

Habitavam primitivamente a região os índios da tribo Pataxó, pertencente à nação gê ou tapuia. Acredita-se que as primeiras penetrações no território ocorreram em 1760 e que o fundador do povoado é o tenente Antônio Lopes Viegas, descendente da família Dias Machado. Consta que em 1783, quando foi criada a Vila Nova da Princesa (hoje cidade do Açu), abrangendo os Municípios de Açu, Angicos, Macau e Santana do Matos, já se localizavam no território de Angicos diversas fazendas de criar.Abaixo do rio Pataxó havia ainda uma parte de terra assim distribuída: 6 Km do capitão-mor Baltazar da Rocha Bezerra; 6 Km do coronel Miguel Barbosa Bezerra; 18 Km do coronel Antônio da Rocha Bezerra. Essas posses estão registradas nos 'autos de medição de terras', de 1756.O topônimo vem de angico, árvore de grande aspecto muito comum no Norte.

Desmembrado de Assu por ato em Conselho do presidente da Província de 11/4/1833; suprimido pela Lei Provincial 026/1836. Trata-se do município criado ainda no século XIX e os arquivos da Assembleia não guardam o processo legislativo de sua criação. As crônicas históricas registram a participação da então Assembleia Legislativa Provincial em diversas vicissitudes pelas quais passou o hoje município de Angicos que está aniversariando neste dia 24/10/2024.

Criado o Município de Assu, ainda no século XVIII a ele se haviam incorporado os territórios de Angicos, Macau e Santana do Matos, para logo em seguida se despertarem os anseios dessas populações por autonomia. Aos 28 de março de 1835, pouco mais de um mês depois de instalada, a Assembleia Provincail com sanção do presidente Quaresmo, fez voltar Angicos ao domínio de Assu.

De acordo com “História Legislativa dos Municípios do Rio Grande do Norte”, que transcreve texto de Aluízio Alves. 

Elevado Angicos a município, diz Aluízio: “Esse ato marca o início de uma campanha prolongada e dolorosa, despertando ódios, alimentando queixas e cujos efeitos perniciosos conseguiram transpor o tempo, perdurando anos afora. A população de Santana julgou-se prejudicada nos seus direitos, e moveu com espantosa tenacidade, a luta apaixonada que tiraria a Angicos a conquista da independência”.

Quase cem anos depois das peripécias, a Vila de Angicos recebeu o título de cidade pela Lei nº 20, de 24 de outubro de 1936. Segundo Câmara Cascudo o projeto foi apresentado à Assembleia em 24 de agosto de 1936, pelos deputados Pedro Matos e Gonzaga Galvão.

ANGICOS HOJE: Em 2022, a população era de 11.632 habitantes e a densidade demográfica era de 15,69 habitantes por quilômetro quadrado. Na comparação com outros municípios do Estado, ficava nas posições 49 e 144 de 167. Já na comparação com municípios de todo o país, ficava nas posições 2678 e 3701 de 5570.

Em 2022, a área do município era de 741,582 km², o que o coloca na posição 17 de 167 entre os municípios do estado e 1826 de 5570 entre todos os municípios, de acordo com dados do IBGE. A

Angicos se limita ao Norte com Afonso Bezerra e Pedro Avelino; ao Sul com Santana do Matos e Fernando Pedroza; a Leste com Pedro Velho, Pedro Avelino e Lajes; a Oeste com Itajá e Ipanguaçu.

Que nasce em Angicos é Angicano.