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O Oceano como um dos tópicos prioritários do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

  • Foto do escritor: Aldemar Almeida
    Aldemar Almeida
  • 23 de out.
  • 3 min de leitura
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coloca cada vez mais o oceano como um dos seus tópicos prioritários. A pasta segue uma tendência mundial de valorização e relevância do tema, que deixou de ter um papel secundário e está presente em pautas de ações e eventos importantes como da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) — Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território. Que está sendo realizada em todo o País de 21 a 26 de outubro. 


É o maior evento de popularização da ciência do Brasil, com ações presenciais e virtuais. Na edição deste ano, é esperado um público de pelo menos 100 mil pessoas, que terá acesso a mais de 70 eventos, com 67 instituições e mais de 65 municípios envolvidos.


No MCTI, o universo azul é tratado na Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe), no Departamento de Programas Temáticos (Depte), por meio da Coordenação-Geral de Ciências para Oceano e Antártica (CGOA). Para o diretor do Depte, Leandro Pedron, o tema da SNCT é fundamental para conscientizar as pessoas sobre crise climática. “Para o Brasil, esse conceito se torna estratégico no enfrentamento das mudanças climáticas porque transforma ciência em cultura ativa: não basta saber que o oceano absorve calor ou carbono, é fundamental que a sociedade compreenda esse papel, valorize práticas que protejam essa função, inclusive por meio de políticas públicas e comportamentos cotidianos”, dispara.  


No Brasil, cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo plástico é descartado no oceano todo ano, segundo o relatório Fragmentos da Destruição: Impacto do Plástico à Biodiversidade Marinha, divulgado em 2024. Isso coloca o País no oitavo lugar entre os principais poluidores do mundo. Esse número pode e deve melhorar com políticas públicas embasadas em dados científicos.  


O tema oceano vem sendo valorizado também fora do contexto nacional, em 2017, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), coordenada pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em contexto global, O World Wildlife Fund (WWF) afirma que, todos os anos, cerca de 9 milhões a 14 milhões de toneladas de poluição plástica vão parar nos oceanos de todo o globo. Desse total, ainda conforme o fundo, mais de 90% vêm de plásticos de uso único e microplásticos, como canudos e copos descartáveis.  

Esses números transformam o ecossistema que cobre cerca de 71% da superfície da Terra e concentra aproximadamente 97% de toda a água do planeta, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, em um depósito de lixo.  


Além da importância ambiental para o planeta, o oceano move a chamada Economia Azul, que inclui empregos e alimentos fornecidos pela água salgada, com um faturamento global anual de US$ 3 trilhões a US$ 6 trilhões considerando emprego, serviços ecossistêmicos, turismo costeiro, transporte marítimo e energia marinha, segundo informações do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Desa). A imensidão azul é responsável ainda por manter a alimentação de 600 milhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).  


CULTURA OCEÂNICA – Quatro Estados e 20 municípios brasileiros já aderiram à inclusão da Cultura Oceânica nos currículos escolares, o que mostra um avanço significativo, uma vez que em 2023 eram 11 municípios e dois estados que tinham aderido formalmente à iniciativa. O município de Santos, em São Paulo foi o primeiro município do mundo a aderir em 2022.

Os municípios são: Santos (SP); Rio de Janeiro (RJ); Itarema, Aracati, Acaraú, Camocim, Caucaia e Fortim (CE); Vila Velha (ES); João Pessoa (PB); e Areia Branca (RN).

 

ESCOLA VERDE - A cultura oceânica já é uma realidade para 100% da rede pública de ensino do município de Barcarena, na região metropolitana de Belém (PA), que foi o primeiro a implementar o programa Escola Azul de forma integral entre as escolas públicas do município. Coordenado pelo projeto de extensão Maré de Ciência, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o programa é realizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e a UNESCO, com apoio da Fundação Grupo Boticário. 

O Escola Azul trabalha o tema dos oceanos de forma transversal no currículo escolar em todas as regiões do Brasil reunindo cerca de 90 mil estudantes e mil docentes. O programa faz parte da rede Escola Azul Atlântico, que engloba mais 18 países comprometidos com a agenda oceânica. 


No Distrito Federal, as atividades vão se concentrar na Esplanada dos Ministérios. A edição deste ano traz o tema Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no meu Território, convidando a população a refletir sobre a relação entre o ambiente marinho, as mudanças climáticas e os territórios. 


Com informações do MCTI.


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