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Comissão da Câmara dos Deputados vota medida provisória do setor elétrico nesta quinta-feira

  • Foto do escritor: Aldemar Almeida
    Aldemar Almeida
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

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Eduardo Braga, relator na comissão


A comissão que analisa a Medida Provisória 1304/25, que traz alterações no setor elétrico, deve votar o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a matéria nesta quinta-feira (30), em reunião prevista para começar às 10 horas no plenário 3 da ala Alexandre Costa, no Senado Federal.

Inicialmente, a votação iria ocorrer nesta quarta-feira (29), mas foi adiada a pedido de parlamentares que fazem parte da comissão, após Braga apresentar uma complementação de voto com novas mudanças no texto. Os parlamentares que solicitaram o adiamento argumentaram que o relatório é complexo e que, por isso, precisam de mais tempo para analisar as mudanças defendidas por Braga.

Com a complementação de voto, 142 das 435 emendas apresentadas à medida provisória foram incorporadas ao relatório. Segundo Eduardo Braga, as alterações reduzem subsídios, incentivam o armazenamento de energia e reorganizam a expansão da matriz elétrica. Entre os principais pontos do relatório estão: o limite para o crescimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com teto atualizado pelo IPCA a partir de 2027; a manutenção do Encargo de Complemento de Recursos (ECR); a redução da contratação obrigatória de térmicas, de 8.000 MW para 4.250 MW; a possibilidade de contratar até 4.900 MW em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs); a inclusão de até 3.000 MW de térmicas de biomassa; incentivos e isenção tributária para sistemas de baterias (Bess);a expansão gradativa do mercado livre para consumidores de baixa tensão; e a autorização para que a Pré-Sal Petróleo S.A comercialize gás natural diretamente.


Braga afirma que essas medidas combatem distorções acumuladas ao longo dos anos — ele citou falhas no planejamento energético e o alto custo dos subsídios embutidos na conta de luz."Perdemos o controle na subtensão na geração distribuída e na alta tensão da geração centralizada de renováveis. Isso criou um grave problema de balanceamento elétrico, energético e de flexibilidade no sistema", avalia ele.


CDE Segundo Braga, a medida provisória tem urgência devido ao crescimento acelerado das despesas vinculadas à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ele disse que essas despesas podem ter alta de 32% em relação a 2024 e superar R$ 49 bilhões neste ano. "A CDE é custeada pelos consumidores. Qualquer nova despesa se transforma em majoração de tarifas", alertou o relator, acrescentando que o teto para o crescimento dessa cota deve trazer previsibilidade tanto para os agentes quanto para o consumidor final.


Relatório complexo Vários integrantes da comissão apontaram a complexidade do relatório de Eduardo Braga. Inicialmente, a medida provisória tinha apenas sete artigos. Com as mudanças recomendadas pelo relator, a matéria passou a ter 24 artigos e a incluir temas que não estavam presentes no texto original. O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que o relatório trouxe “jabutis” (matérias estranhas ao conteúdo original da proposta). Já o líder da oposição no Senado, Rogerio Marinho (PL-RN), destacou a dificuldade para se analisar o relatório, que foi apresentado na terça-feira e recebeu mais alterações nesta quarta-feira, chegando a um total de 142 emendas acatadas. Por essa razão, Marinho reiterou que é preciso mais tempo para a avaliação do texto. Ele e o senador Marcos Rogério (PL-RO), que preside a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, pediram o adiamento da votação para a próxima semana.


Ao final da reunião, o presidente da comissão, o deputado federal Fernando Coelho Filho (União-PE), informou que a votação será feita nesta quinta-feira (30). Se for aprovada na comissão, a matéria ainda precisará passar pelos plenários da Câmara e do Senado. Essa medida provisória, editada em julho, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional até o dia 7 de novembro para não perder sua validade.


Da Agência Senado

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