De Volta ao Passado: O ex-combatente Alcindo Arnaldo se vivo estivesse completaria 100 anos
- Aldemar Almeida

- 18 de jul.
- 2 min de leitura

Se vivo estivesse o meu pai Alcindo Arnaldo da Silva nascido em Jucurutu-RN em 18 de julho de 1925, teria um dia festivo ao lado da nossa mãe, Mardelice Lacava da Silva e dos filhos do casal, Alcimar, Aldemar, Maria de Fátima e Maria Geruza como foi nos seus últimos anos entre nós. Ele nos deixou vítima do coronavírus, no dia em que completou 94 anos.
“Por mais terras que percorra, não permita Deus que morra sem que volte para lá. Sem que leve por divisa esse “V” que simboliza a vitória que virá”. Era sempre assim que ele começava a sua comemoração depois de umas duas ou três gelas e a nosso pedido, começa a falar do seu tempo na Segunda Guerra Mundial, principalmente de Montese, na Itália. Ele sempre lembrava que tinha se alistado com apenas 17 anos, porque estava sem emprego e morando na casa de um cunhado em Natal. Quando o Brasil entrou na guerra ele foi convocado e partiu para a Itália.
Pouco tempo depois entrava em outro tema do qual ele tinha conhecimento, não por ouvi dizer, mas por ter participado do seu início: a longeva obra quase sem fim da barragem de Oiticica, em Jucurutu, onde fez parte da primeira equipe, recebendo as mercadorias que chegavam ao canteiro de obras.
Numa de suas últimas entrevistas, publicada pelo então Novo Jornal, ele registrou que ter participado do projeto de Oiticica era uma honra, mas nada lhe causava tanto orgulho como ter participado da Segunda Guerra Mundial. “Não vou mentir que tive muito medo, mas, depois me deu um orgulho danado. Recebi uma porção de homenagens”.

Em visita às obras da Barragem de Oiticica com Aldemar Filho e Aldemar

Com os quatro filhos





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