Tolerância imune periférica: Nobel de Medicina reconhece avanço que pode beneficiar milhões de pacientes
- Aldemar Almeida

- 6 de out.
- 2 min de leitura

Vencedores levam o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ ,2 milhões).
Três cientistas — os americanos Mary E. Brunkow e Fred Ramsdell e o japonês Shimon Sakaguchi — levaram o Nobel de Medicina de 2025 pela pesquisa que descobriu como o sistema imunológico evita atacar o próprio corpo.
As descobertas sobre a chamada tolerância imune periférica explicam como o nosso sistema distingue o próprio tecido de agentes invasores. Isso vem ajudando no desenvolvimento de tratamentos, por exemplo, contra o câncer, doenças autoimunes e transplantes mais bem-sucedidos. Vários tratamentos usando a descoberta na pesquisa estão em fase de testes. . O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (6).

O que é a tolerância imune periférica?
De forma constante, o sistema imunológico protege o corpo de milhares de micróbios diferentes. Entretanto, muitos microorganismos desenvolveram semelhanças com as células humanas para se camuflar.
Por isso a tolerância imune periférica é importante: o mecanismo mantém sob controle as células de defesa que poderiam causar inflamações e doenças autoimunes — como lúpus, diabetes tipo 1 e esclerose múltipla.
As chamadas células T reguladoras (Treg) são as “guardiãs” desse processo: supervisionam a resposta contra invasores e garantem que linfócitos (células de defesa) não destruam tecidos e órgãos saudáveis.
A pesquisa premiada neste ano explica como controlamos nosso sistema imunológico para que ele possa combater "todos os micróbios imagináveis" sem desencadear doenças autoimunes, explicou Marie Wahren-Herlenius, professora do Instituto Karolinska.
🦠O que são doenças autoimunes: Doenças autoimunes acontecem quando o sistema imunológico, que deveria defender o corpo, passa a atacar células e tecidos saudáveis. Esse erro de identificação provoca inflamações crônicas e pode afetar órgãos como pele, articulações, intestino e sistema nervoso.
Fonte: G1






Comentários